
Jéssica Branquinho, de 27 anos, lutava contra um tipo raro de câncer no intestino. Irmã dela disse que vai continuar trabalho de confeccionar e doar toucas: ‘Foi um pedido dela’. Estudante que lutava contra o câncer e ajudava crianças com a doença morre em Goiás
A estudante de medicina veterinária Jéssica Branquinho, de 27 anos, que lutava contra um tipo raro de câncer no intestino, morreu na madrugada de sexta-feira (11), por causa da doença, em Goiânia. Junto à irmã, ela confeccionava e doava toucas de lã, divertidas e coloridas, para crianças que dividiam com ela a luta contra o câncer, no Hospital Araújo Jorge (ACCG).
Segundo a irmã, Fernanda Boettcher, Jéssica faleceu por volta de 5h30. O corpo dela foi enterrado às 17h, do mesmo dia, no Cemitério Parque.
“Ela estava em casa, porque o tratamento dela era só paliativo, então, nós decidimos ficar em casa, mas quando foi à noite, ela piorou e ficou bem ruim, então, levamos ela para o Hospital Jardim América, e lá ela faleceu”, contou a irmã.
Jovem que fazia toucas para crianças com câncer morre da mesma doença, em Goiânia
Arquivo pessoal/Jéssica Branquinho
Em novembro de 2019, Jéssica e Fernanda criaram, juntas, o projeto ‘Touquinhas do Bem’, para fabricar e doar toucas de lã às crianças com câncer. Agora, Fernanda diz que vai continuar sozinha o projeto, principalmente porque foi um pedido da irmã.
“Ela estava ruim, e falava para mim ‘Fernanda, você jura que não vai parar com o projeto?’. Foi um pedido dela. O tempo todo ela falava para mim não parar de jeito nenhum. E eu não vou parar. Só vou me reerguer um pouco, mas em janeiro eu volto para fazer o que ela me pediu”, afirmou.
Jéssica Branquinho e a irmã Fernanda Boettcher confeccionando toucas de lã, em Goiânia, Goiás
Reprodução/TV Anhangera
Projeto surgiu após ela perder cabelo
Jéssica descobriu o câncer aos 26 anos, e a ideia de começar o projeto das toucas surgiu depois de dois anos de sessões de quimioterapia, quando seus cabelos caíram.
Depois que descobriu a doença e começou o tratamento, Jéssica não conseguiu voltar a estudar e passava o dia todo em casa. Ela acreditava que a criação das touquinhas, além de ajudar as crianças, também a ajudava.
“É pura gratidão, tanto minha quanto delas. Mas, com certeza, é mais minha. Isso está me ajudando a me sentir mais viva, explicou Jéssica, ao G1, em dezembro de 2019.
Jovem que fazia toucas para crianças com câncer morre da mesma doença, em Goiânia
Arquivo pessoal/Jéssica Branquinho
Veja outras notícias da região no G1 Goiás.
VÍDEOS: últimas notícias de Goiânia e Região Metropolitana